Métaforas incoerentes.

Eu queria fazer daqui um lugar para colocar coisas boas e bonitas, mas ultimamente eu vi que isso não é possível, quando quem vos escreve não está com a vida boa e bonita.
Minha vida, eu já pude perceber é como um prédio, aqueles prédios altos, com vários andares, em que cada andar corresponde a uma parte da minha vida. Família, relacionamentos, amigos, escola, sonhos, desejos. Só que, como um prédio, ou os andares ficam em perfeita harmonia, todos em seus devidos lugares, sem se intrometer uns nos outros, ou literalmente, tudo desaba.
Quando as coisas estão prestes a acontecer é incrível, repito, é incrível como as coisas tendem a dar errado. E o meu prédio, faz o favor de desabar, de novo. Digo prédio, para não dizer vida, metáforas me encantam. Me pergunto se o problema é comigo, irei averiguar isso. E pretendo, quando voltar a escrever com toques, e não com lápis e papel, falar de uma coisa mais feliz.

domingo, 16 de maio de 2010 às 13:00 , 0 Comments

Como lidar ?

Ás vezes eu pensava em escrever textos curtos, com poucas linhas, para resumir dias.
Então, avante guerreiros.
Meus pais são inusitados, a gente ta assistindo TV, e de repente eles falam, vamos à praia? mas não é a praia da frente da minha casa, é uma bem longe. A gente vai, sinceramente, algo que eu vi me entristeceu. Antes a estrada era cercadas por árvores, e muito verde, tanto, que nem o céu dava pra ver direito, quando levantava a cabeça, as folhas impediam de vê-lo. Alguns anos depois, hoje, eu passo, e ve boa parte daquilo destruido, cinzas, amarelo, areia, pó, sol. Nunca mais uma árvore há de habitar aquele espaço.
Seguimos.
A parte boa da história, o mar tava lindo, a areia branca, que cantava quando era pisada, a água, incolor, realmente incolor, eu vi meus pés, eu não vi lixo, eu vi Deus. E o céu limpo, assim como o mar, eu via os prédios caberem na minha mão, do tamanho de um grão, mas a distancia era tão grande, que nem uma bala de canhão alcançava aquilo. O silencio do dinheiro hoje fala mais alto que todas as vozes do mundo, juntas.
O retorno para casa, por um triz não foi trágico, não para mim, nem para ninguém, graças.
O dia acabou, em pizza, em sushi, em pães de alho, em sorvetes, coca cola e kuat.
Dia das mães, são todos os dias, eu acho, as essa coisa de inventar datas, é coisa dos homens, que ignoram a voz, e escutam o silêncio do cifrão.
Em suma, o dia teve muitas cores, azul do céu, verde das árvores, azul do mar, branco da areia, amarelo do sol, cinza da estrada, vermelho da cereja do sorvete, e teve roxo, do biquíni da minha mãe. Ela tava linda, como todos os dias, desejar feliz dia das mães no segundo domingo de maio é clichê, vamos ser clichês não?

domingo, 9 de maio de 2010 às 18:44 , 0 Comments